Sustentabilidade

A sustentabilidade está na moda!

Há muitos anos estamos bradando que precisamos cuidar do meio ambiente, pois sem ele, não há possibilidade de triunfo humano. Temos noção do quão importante é tudo o que a natureza proporciona para nossas vidas, desde alimentos até condições de existência, mas ainda se faz necessário falar e mostrar mais. Para muitos que cresceram e vivem nos centros urbanos, não é tão claro e, geralmente, a importância da natureza só é lembrada naquele momento de lazer no final de semana na praia.

Mas será que sustentabilidade é só sobre questões ambientais, ecológicas e a Amazônia?

Há décadas essa ideia está sendo ventilada.

Apesar do aumento na utilização do termo, essa palavra não é nova. Ela já vem rodando o mundo há décadas e foi cunhada pela norueguesa Gro Brundtland em 1987 no relatório “Nosso Futuro Comum”, tendo sido na década de 70 que seu conceito começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment – UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972. Nesse relatório, Brundtland conceitua a sustentabilidade como:

“desenvolvimento que atende às necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender às suas próprias necessidades”.

A sustentabilidade surge como essa preocupação global em seguir desenvolvendo e ganhando dinheiro, mas permitindo que a vida na Terra ainda perdure (sem isso, é o fim real dos humanos). Pode parecer meio catastrófico e é, pois muitas medidas que eram urgentes há décadas, ainda hoje não foram atingidas. Durante diversas Conferências da ONU, o tema da sustentabilidade global vem sendo discutido, materializado, e muitos objetivos foram propostos aos países membros.

Em 2015, ficou estabelecido o cumprimento de 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Pra gente saber um pouquinho mais dos ODS.

Segue aqui os ODS que mostram pra gente que a sustentabilidade é muita coisa:

  1. Erradicação da pobreza
  2. Fome zero e agricultura sustentável
  3. Saúde e Bem-Estar
  4. Educação de qualidade
  5. Igualdade de gênero
  6. Água potável e saneamento
  7. Energia acessível e limpa
  8. Trabalho decente e crescimento econômico
  9. Indústria, inovação e infraestrutura
  10. Redução das desigualdades
  11. Cidades e comunidades sustentáveis
  12. Consumo e produção responsáveis
  13. Combate às alterações climáticas
  14. Vida debaixo d’água
  15. Vida terrestre
  16. Paz, justiça e instituições eficazes
  17. Parcerias em prol das metas

A Realixo atua diretamente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

Contribuímos com o ODS 2 ao fortalecer hortas urbanas por meio do transporte de resíduos orgânicos que são transformados em adubo por meio da compostagem. Esse adubo permite que os agricultores cultivem alimentos de forma orgânica, sem o uso de agrotóxicos, promovendo uma produção mais saudável, sustentável e acessível nas cidades.

Atuamos no ODS 8 ao gerar trabalho e renda para motoristas, cooperativas de catadores e agricultores urbanos, priorizando pessoas de grupos minorizados, sempre com remuneração justa e condições dignas.

Já no ODS 13, nossa atuação reduz drasticamente as emissões de gases de efeito estufa, especialmente metano, ao desviar resíduos orgânicos dos aterros por meio da compostagem, contribuindo para a mitigação da crise climática.

Saibe mais sobre nosso trabalho visitando o nosso site: https://realixo.com.br/

As áreas que compõem a sustentabilidade.

A sustentabilidade é hoje entendida como um conceito e também um princípio que se apoia em três áreas: social, econômica e ambiental, e vem ganhando cada dia mais força devido ao ponto crítico em que nos encontramos no nosso planeta azul, nossa Terra.

A sustentabilidade não pode ser entendida, desenvolvida e aplicada sem que essas três esferas sejam consideradas. A economia, dentre as três, tem sido a área mais forte, por assim dizer, na tomada de decisões, na maioria das vezes visando o lucro e esquecendo os outros dois pilares. Mas sem meio ambiente e pessoas, não se desenvolve nenhuma economia; ainda que ela “dite” as regras, é uma atividade que, dessa forma, não se sustenta.

Bom, sabendo que ela engloba outras esferas, podemos ampliar então sua compreensão. No âmbito social, a sustentabilidade visa proporcionar qualidade de vida e dignidade a todos, através do cumprimento dos direitos fundamentais previstos em nossa constituição. Tem como objetivo a erradicação da pobreza, a promoção da justiça e da paz.

Com relação ao meio ambiente, temos as ações de preservação ambiental, reflorestamento, uso sustentável do solo com práticas de agroflorestamento, permacultura, gestão de resíduos sólidos, reciclagem e muitas outras práticas que buscam mitigar impactos e promover o restabelecimento ambiental.

Já a sustentabilidade econômica abrange o equilíbrio do desenvolvimento financeiro com a responsabilidade social e ambiental, gerando lucros mas contribuindo com o bem-estar social e o equilíbrio do planeta.

E aqui no Brasil?

Na mesma época, no Brasil, a nossa Constituição de 1988 trazia em seu artigo 225 que todos temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, artigo este considerado cláusula pétrea, ou seja, um direito fundamental que não pode ser alterado nem mesmo por meio de emenda constitucional. Vejamos a letra da lei:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

O meio ambiente é considerado um direito difuso e indisponível, o que implica dizer que é resguardado a toda a coletividade de forma abstrata e deve ser observado independentemente de sua vontade individual, ou seja, deve ser cumprido em prol de todos de maneira obrigatória.

Vemos que o conceito e a aplicação do que chamamos de sustentabilidade é amplo e complexo, e fica também muito claro que é indiscutível sua implementação para a manutenção do nosso planeta e para que este se torne mais justo para todos que estão aqui hoje e para os que dependerão desses recursos amanhã.

Repensar nosso consumo de forma geral, cobrar os dirigentes que estão no poder, pressionar por leis mais rígidas de proteção ambiental, fomentar programas sociais que permitam maior justiça social… tudo que estiver ao nosso alcance deve e pode ser feito. Todos precisam estar engajados, como foi dito pelo Presidente da COP30, André Corrêa do Lago: é necessário um mutirão global. E que essa COP venha com tudo e mais pouco.

Pois, como bem relembramos aqui na Realixo, não existe Planeta B.

Fontes:


https://www.politize.com.br/origem-e-evolucao-do-conceito-de-sustentabilidade/


https://www.lassu.usp.br/sustentabilidade/conceituacao/

https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

https://www.embrapa.br/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods/o-que-sao-os-ods


https://meiosustentavel.com.br/sustentabilidade-social/.

Author: Denis Rennagraduado em Direito e apaixonado por temas ambientais e sociais.

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