Dentro de nossas modernas cidades de concreto existe uma revolução silenciosa, mas poderosa, chamada Agricultura Urbana. Com a expansão das cidades em todo o mundo e o aumento da crise climática, a ideia de cultivar alimentos dentro das áreas urbanas vem ganhando urgência e popularidade. Plantar ervas, vegetais e jardins em terrenos abandonados, varandas e telhados tornou-se um meio de sobrevivência.
A Agricultura Urbana apresenta uma solução prática e escalável para cidades onde a densidade populacional se encontra com preocupações ambientais urgentes, como São Paulo. Essa abordagem melhora a segurança alimentar, reduz o impacto ambiental e fortalece a resiliência das comunidades.
Trata-se de redefinir a vida urbana e, com a ajuda de parceiros de sustentabilidade como a Realixo, o movimento verde está se tornando realidade.
Por que a Agricultura Urbana importa mais do que nunca
Os centros urbanos atualmente abrigam mais da metade da população mundial, e esse número continua crescendo. À medida que esse crescimento ocorre, há uma enorme pressão sobre os sistemas alimentares, a cadeia de suprimentos e o meio ambiente. A maioria das cidades depende de áreas rurais e de importações de diferentes países, o que significa que os alimentos percorrem quilômetros até chegar à média das pessoas nas cidades.
Com a alta demanda, cada etapa da viagem dos alimentos adiciona massivamente à pegada de carbono, com o uso de fertilizantes sintéticos e transporte por caminhões e navios. Quando esses alimentos são desperdiçados, acabam em aterros sanitários, contribuindo ainda mais para os desafios climáticos ao emitirem metano para o meio ambiente.
Com a Agricultura Urbana, cultivar alimentos localmente pode:
- Reduzir drasticamente a distância percorrida pelos alimentos;
- Melhorar o acesso a produtos frescos e saudáveis;
- Reduzir as emissões de gases de efeito estufa;
- Criar espaços verdes que resfriam as ilhas de calor urbanas;
- Reduzir a poluição ao converter resíduos orgânicos em composto.
Agricultura Urbana e Segurança Alimentar: Uma resposta inteligente ao clima
Na realidade, a produção de alimentos já está sendo afetada pelas mudanças climáticas. A agricultura tradicional está ameaçada por padrões climáticos imprevisíveis, secas e inundações.
A Agricultura Urbana torna-se essencial diante dessa realidade, já que as cadeias de suprimento podem se romper com as mudanças climáticas. Cidades vulneráveis à escassez de alimentos, como muitas partes do Brasil, devem localizar a produção de alimentos para:
- Tornar os produtos mais acessíveis;
- Empoderar comunidades de baixa renda;
- Aumentar o controle sobre a qualidade dos alimentos;
- Criar resiliência alimentar para períodos de crise.
Com isso, constrói-se a soberania alimentar, dando às pessoas o direito de definir seus próprios sistemas alimentares e devolvendo a produção de alimentos às mãos locais.
Construção de comunidade através de jardins compartilhados
Outro benefício gerado é o capital social. Isso ocorre principalmente com jardins comunitários, onde vizinhos se reúnem para trabalhar, aprender e compartilhar.
Esse benefício muitas vezes negligenciado reduz a solidão, comum nos centros urbanos, incentiva atividades físicas e apoia a saúde mental.
Iniciativas como o Programa de Telhados Verdes em São Paulo buscam promover a sustentabilidade integrando vegetação ao ambiente construído. Esse é um exemplo prático de políticas e pessoas trabalhando juntas para tornar nossas cidades mais verdes.
Você pode começar hoje mesmo a apoiar hortas urbanas e cooperativas desde a sua casa! Confira os serviços da Realixo e venha contribuir para um mundo mais circular.
O autor Enoch Oyenekan é redator de conteúdo com experiência em agricultura urbana e marketing digital e escritor voluntário na Realixo.
