Natureza. O caminho para um futuro sustentável e feliz!

Voltar para seguir: O futuro é ancestral.

É um fato que todos vivemos uma crise ambiental e social, mas como chegamos até aqui?

Nossa sociedade enfrenta dificuldades para se manter engajada, tanto em questões ambientais quanto sociais.

Sem a pretensão de publicar uma tese científica, alguns pontos podem ser explorados ao olharmos para nossos antepassados.

Apesar dos avanços tecnológicos, estamos demasiadamente desconectados de nós mesmos, dos outros, da natureza e do mundo.

É contraditório, pois as redes sociais, que deveriam conectar as pessoas, muitas vezes proporcionam relações superficiais e efêmeras.

Os muros cobrem a visão.

Nosso afastamento começou antes das redes sociais. Cada vez mais, as pessoas foram forçadas a se mudar em busca de emprego ou por moradias mais baratas.

Esse movimento influenciou significativamente o distanciamento interpessoal, à medida que o crescimento das cidades se intensificou.

Esse afastamento resultou em menos tempo com a família, tornando a convivência uma exceção.

As condições econômicas passaram a ditar nosso crescimento populacional. A cultura também.

Antigamente, as mulheres compartilhavam a maternidade e tinham mais filhos, contando com apoio mútuo de irmãs e amigas. Hoje, muitas mulheres enfrentam a criação dos filhos quase que sozinhas devido à rotina, à distância. Ainda que haja um recorte social que aponta que essa mudança na taxa de fertilidade se dá nas classes com maior renda.

As telas tomam a cena.

Esse novo estilo de vida, que promete conexão, na verdade enfraquece nosso senso de coletividade.

Não faz muito tempo, durante a infância do meu avô e a adolescência dos meus pais, havia uma proximidade maior entre as pessoas. Naquela época, para matar a saudade, era necessário reservar um tempo para visitar amigos ou familiares. Esses encontros eram verdadeiros e não eram interrompidos pelo uso excessivo de celulares.

A rápida ascensão das redes sociais mergulhou-nos em um mundo de conexão, que consideramos como a nova era das relações. Estar sempre conectado ao mundo parecia fantástico, mas isso nos afastou das interações humanas genuínas, substituindo o abraço e o olhar significativo por reações em postagens.

Começamos a mostrar um mundo editado e irreal, o que gera um distanciamento ainda maior da realidade.

Para todo veneno, há um antídoto.

Diante desse cenário, temos a capacidade de mudar nossa realidade. Mudamos quando tomamos consciência de que algo está errado.

Ao ler, estudar e manter contato com as gerações mais velhas, busco entender como eles viviam em maior harmonia consigo mesmos e com o entorno.

Ailton Krenak discute essa desconexão em seu livro “Ideias para Adiar o Fim do Mundo“. Ele expõe como, nas cidades, não sabemos nos relacionar de maneira equilibrada com a natureza e com nossos semelhantes. Uma consequência prejudicial da visão ocidental é entender a natureza, os rios e a fauna como meros recursos, em vez de reconhecê-los como partes integrantes da comunidade e de uma ancestralidade.

Para o povo Krenak, o Rio Doce é considerado um avô. Na Nova Zelândia, os maoris também possuem uma relação ancestral com suas montanhas e rios, lutando pelo reconhecimento jurídico dessas áreas como forma de proteger suas memórias e identidades.

Esses povos compreendem melhor a relação de cuidado e respeito que devemos ter com a natureza, reconhecendo que ela é fundamental para nossa existência.

Agora uma pergunta: Você sabe de onde vêm as frutas que consome?

Essa é uma pergunta simples, mas muitas pessoas não sabem como é um pé de goiaba ou a origem de um abacaxi. Essa falta de conhecimento é parte do processo de desconexão.

Proponho um exercício: observe as frutas que você comprou esta semana e tente identificá-las. Lembre-se da árvore ou planta, o formato das folhas, se são claras ou escuras. Recorde-se das flores que aparecem antes do fruto, da época de colheita e da região onde ele é cultivado.

Resgatando modos de vida ancestrais.

Se conseguiu se recordar é ótimo!

Se não, hoje é o melhor dia para despertar esse olhar curioso para a vida.

  • Explore também outros alimentos de origem vegetal.
  • Preste atenção nas árvores de sua cidade e nas particularidades de cada uma delas.
  • Ande descalço sobre a terra e conecte-se com seu entorno.
  • Deixe seu celular de lado por um momento e conheça melhor as pessoas que trabalham nos locais onde você faz compras.
  • Inicie um diálogo sincero, desejando algo positivo a essas pessoas.
  • Aproveite para ligar para alguém que você ama e que está distante. Mensagens de WhatsApp não contam; o objetivo é ter uma conversa real.
  • Considere também participar de grupos de trabalho voluntário.

Todas essas pequenas mudanças te possibilitarão desacelerar e resgatar um pouco da beleza que havia nas trocas de antigamente.

E se você está aqui é porque também acredita na mudança. Te convido para conhecer nossos serviços de compostagem e gestão de resíduos que tem tudo a ver com esse tema.

Author: Denis Rennagraduado em Direito e apaixonado por temas ambientais e sociais.

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